Comida impressa, multiplicidade de startups, ética na robótica, metodologias ativas disruptivas, cirurgias realizadas por robôs com monitoramento remoto, inteligência artificial, pesquisas para criar um mamute híbrido para controlar o aquecimento global… É senhoras e senhores! Sim! Estamos no futuro!
Falar em futuro requer muita lucidez e um olhar meticuloso e profundo no presente e também no passado, pois o que foi muitas vezes uma tendência controversa ontem é realidade unânime hoje. Na área da educação, observamos o aparecimento de diversas tendências pedagógicas ao longo do tempo. Muitas delas prevaleceram, outras contribuíram para a formação de novos modelos e metodologias educacionais como a cultura maker, as metodologias ativas na aprendizagem e a robótica educacional, outras porém perderam-se no tempo, pois não resistiram ao teste das verdades irrefutáveis da utilidade, eficiência e comprovabilidade.
No que diz respeito à escola, podemos dizer que a pandemia do novo Coronavirus acelerou o processo de aproximação da tecnologia à sala de aula. Professores e instituições do mundo todo necessitaram rever suas práticas pedagógicas, bem como realizar ajustes necessários, abandonando velhos hábitos, práticas obsoletas e arcaicas e fazer um movimento para abraçar o novo, abraçar o futuro que violentamente bateu às portas, mostrando a urgência de renovação, de mudança, de quebra de paradigmas e de estruturas centenárias que persistiam em sobreviver em pleno século XXI.
Há linhas de pensadores futuristas, que consideram diversos tipos de tendências, inclusive no que diz respeito à educação. Ao meu ver, precisamos estar atentos aos sinais do nosso tempo, muito mais do que ficar buscando novidades tecnológicas, tendências e modismos educacionais que não levam a lugar nenhum, pois baseiam-se em suposições que ninguém sabe na verdade se irão vingar ou não. O verdadeiro modelo educacional disruptivo, não é um acidente de percurso, mas pode ser encarado como uma questão de inteligência antecipada, focada nos sinais. Este tipo de olhar antecipa novos cenários e cria novas realidades.
Muitas instituições de ensino muito antes da pandemia, já haviam investido na formação de seus educadores, buscando ao mesmo tempo uma visão holística do
processo educacional no qual a humanização se faz necessário, sem abrir mão do importante debate relacionado ao futuro da educação e como podemos nos antecipar para criar novos ambientes, layouts de sala, metodologias e usar a tecnologia não como uma novidade a ser utilizada em propaganda voltada para arregimentar novos alunos e sensibilizar os pais, mas uma ferramenta que contribua de fato na formação de cidadãos para um novo cenário planetário que se descortina.
A Escola pós pandemia, é uma escola mais humanizada, que privilegia o conhecimento, autonomia dos alunos, liberdade de seus professores, descentralização do “locus” do seber, uma vez que a sala de aula, pode estar em qualquer lugar, no campo, no quarto do aluno, na sala, no celular, no tablet… A Escola pós pandemia, é aquela que investe em equipamentos tecnológico de última geração e na criação de novos espaços e laboratórios multiuso, valoriza a cultura maker bem como o ingresso de técnicos de áreas diversas para comporem seus quadros como colaboradores efetivos ou consultores eventuais, dada a necessidade de suporte e visão tecnológica em sintonia com a contemporaneidade e necessidade de acompanhar os “sinais” de uma sociedade em constate disrupção, pensando sempre no próximo passo para o futuro.
2 Comments
É, a pandemia veio para nos se reeducar, nos reinventar e nos preparar para uma era futurística mesmo!
Embora ainda existem muitos paradigmas na educação…
Gratidão… pelo belíssimo artigo.
Uauu! Que texto maravilhoso! Parabéns professor Marcelo.