As rupturas causadas pela pandemia da Covid-19 foram consideradas sem precedentes, e as medidas econômicas e sociais resultantes trouxeram mudanças maciças. Por definição, uma ruptura implica uma interrupção repentina.
Quando aplicada à educação, a ruptura está associada a quebra de modelos educacionais tradicionais, formatos estabelecidos de transmissão de conhecimento. Essa ruptura educacional considera, ou deveria considerar, tanto o aluno quanto o professor como motores de aprendizagem para promover um currículo flexível, possibilitado pela nova educação (e cultura) digital, e assim podendo ser entendida como inovação.
Inovação, por essência, deve ser disruptiva, e atender às necessidades sociais de um determinado tempo e espaço. Assim, inovações que mudaram a direção da educação, substituíram ou deslocaram os modelos existentes, e interromperam o funcionamento de modelos educacionais estabelecidos de maneiras inesperadas, mas poderiam ter sido planejadas. Primeiro, aprimorando algo já existente, depois, proporcionando novas formas de entender seu desenvolvimento contínuo.
A inovação educacional disruptiva substitui as metodologias e modos de transmissão de conhecimento existentes, abre novas alternativas de aprendizagens. Também introduz novos avanços nos sistemas educacionais por meio das tecnologias de informação e comunicação.
Logo, para avançarmos em direção a um modelo sustentável de novas aprendizagens, as instituições de ensino precisarão usar a tecnologia para reinventar os processos de ensino, transformar as atividades de avaliação, mudar o uso e os papéis das escolas tradicionais, fornecendo treinamento e formação específicos e focados no valor por meio da reinvenção e autoconhecimento, a fim de promover a renovação do modelo de aulas.
Promover essa transformação digital requer o cultivo da cultura participativa, e alunos, professores e gestores devem trabalhar juntos para apoiar e examinar as mudanças implementadas, e se disponibilizarem às novas mudanças que surgirão no contexto atual, pós-pandemia.
Professor Marcio Rafael Costa Cruz, Supervisor acadêmico EAD do UNISAL.